Sem música, com amor

Estava com o violão no colo à procura da música perfeita para começar a tocar. Foi então que percebi que não há nenhuma música que descreveria esse momento. Procurei e procurei diversas vezes e, quando a gente procura desesperadamente por algo, encontra. E apareceu. Mas não foi uma música, foi uma certeza.

Esse ano está bem misterioso e cheio de coisas estranhas acontecendo ao mesmo tempo. Terei lembranças boas e ruins dele. Parece até que estou fazendo um desabafo de 31 de dezembro. Pois é, para mim, passaram-se mais de três anos em um. Crescer é uma droga! Já cansei de repetir isso, mas essa certeza foi que me mostrou a realidade. Vou me lembrar disso pro resto da vida. É uma droga porque as pessoas não se importam mais com o que você pensa, gosta, sente e etc, embora você anseie que isso ocorra. Estou ansiosa e com medo do que poderá acontecer nesses últimos três meses e meio de 2011. Dói saber que terá pessoas que nunca mais verei de novo, as lembranças de todos os dias da semana convivendo com elas. A lágrima já quer descer do meu olho direito e engolir o choro não me fará esconder a saudade reprimida.

Como eu não encontrei a música, não fiz. Sou uma péssima compositora, apesar de respirar as melodias por ai. E não sou o tipo de garota adolescente romântica e apaixonada, embora eu seja louca por aqueles que eu amo. Tenho uma esperança de que isso não mude nunca só que essa ansiedade que transborda dentro de mim para saber sobre o futuro, me mata muito. É uma luta constante: eu e eu mesma. E de nada adianta ficar assim, pois, afinal, o futuro só a Deus pertence.